segunda-feira, 25 de novembro de 2013

TEATRO- divulgação


INFERNOS PARTICULARES...
Dias: 28, 29, 30/11, 01, 14 e 15/12 – 21h

"- Você acredita no inferno?
- Não. Mas sei que ele existe."
Quantos infernos existem? Qual será o seu inferno? 
Você não vai para o inferno? Todos estão no inferno.
Dos círculos de Dante ao quarto de Sartre, todos os infernos possíveis serão apresentados. Um menu de degustação para seu deleite. Não se prive, não se feche, não se traia, não se perca. Aqui todos são convidados e todos são anfitriões. Todos servirão e serão servidos. Não existe começo nem fim. Segure-se a sua crença, reze se acreditar, mas não deixe de visitar.

Ingressos com o elenco ou na bilheteria do teatro.
Classificação: 16 anos

Direção: Kellyn Bethania
Assistente de direção: Arnon Nogueira Godoy

Elenco: Gabriel MerlingJenny ManiezzoIsabela Marina Chiapetti Casagrande,Sabrina RodriguesLuma BirckVithoria Maria Lopes ScarinciAndreza Caramori, Heluiza Ramin Sarnick 


mais informações em https://www.facebook.com/events/589153317800735/603972846318782/?notif_t=plan_mall_activity

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O sonho real

Parecia tudo ser um sonho...
Primeiro eu corria e subia em caixas pretas, escadas e andaimes de construção. Depois o andaime desapareceu e eu não ficava mais a salvo como antes, pois só existiam as duas caixas pretas e a escada. E a coisa parecia piorar, quando a escada desapareceu também e eu fui pega por um menino, se bem que ele já fazia a barba, deveria ser um homem, de cabelos castanho escuro e olhos azuis, ele me pegou e correu para cima da caixa preta que estava mais próxima da platéia, pois é, descobri que estava num teatro, num palco pra ser mais exata. Pouco tempo a caixa em que estava o tal homem e uma mulher e esses dois apareceram  nas duas caixas que estavam empilhadas num canto do fundo do palco, encostadas ao mezanino, onde haviam mais umas cinco mulheres sem encostrar os pés no chão, e eu tinha que pegá-las para sair dali e subir para o alto sem os pés no chão enquanto outra ficaria feito boba , no chão, no meu lugar, onde eu estava. Quando achei que pegaria alguém uma venda foi colocada nos meus olhos, eu já não sabia mais onde estava, palco ou platéia? Andava com as mãos para frente tentando evitar alguma possível queda. Foi aí que senti uma mão me guiar até uma parede, eu a tocava como se fosse a coisa mais importante do mundo, pois estava segura, quieta, segura de mim e do mundo, mesmo sem saber o que acontecia com o resto das pessoas que estavam no jogo de mãe-cola. Outra hora, fui parar atrás de um tecido, eu achava que ainda estava no teatro e se realmente estivesse lá, deveria ser a cortina vermelha na frente do palco que me envolvia. Ao mesmo tempo que sentia medo estava segura, até então sem tombos, mas o futuro era desconhecido. As mãos que me tocavam pareciam me provocar, tocando apenas vez ou outra, eu tentava segui-lá, mas não sabia para onde ir, nem ao menos onde eu estava. Quando deparei, estava sentada com alguém me tocando a minha frente. Já não vestia mais o casaco que antes usava para me proteger do frio. Estava tudo escuro, aquela mão suave deslizava sobre minha pele trazendo sensações mil. Mudei magicamente de lugar, era outra pessoa, provavelmente outra das mulheres que se protegiam no mezanino, só que esta tocava como se fosse normal, sem limites, sem vergonha. Assim aconteceu mais uma ou duas vezes até que parei quando senti uma mulher deitada em minha frente, eu estava em suas costas fazendo massagem depois estava em seus pés lhe fazendo cocegas... Novamente sozinha e deitada, mas não estava mais no teatro, eu tinha certeza disso. Estava deitada próxima a uma cachoeira, um sabiá, pequeno e delicado parado ao meu lado assustou-se quando abri os olhos. " Não vá! Estou sozinha e perdida, não sei nem ao menos como cheguei aqui, fique comigo, estou com um pouco de medo..." Ele olhava nos meus olhos como se pudesse me ouvir e me entender. " Sabe, queria ser como você, poder voar para cima da copa das árvores e encontrar meu caminho... Meu caminho? será que realmente tenho um caminho certo a seguir? Eu já não sei mais nada, nem sei se eu sou eu... " Ele voou como se me transportasse para onde eu estava antes. Eu estava deitada no palco novamente, com a venda me cegando os olhos e deixando tudo muito escuro, sem forma nenhuma, um breu total. Aquela mesma mão que me guiava tirou a venda de meus olhos, era meu casaco, aquele que vestia para aguentar o frio. 
Percebi que tudo aquilo era verdade, não era sonho, era tudo real...

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Vida fingida

      Eu vivo fingindo quem sou, fingindo como sou, fingindo o que sinto, o que quero o que espero... Eu finjo tanto que as vezes até eu mesma começo a acreditar nas minhas mentiras e fingimentos se fim. Eu não sei ao certo por que faço isso, mas isso já faz parte de mim, já nem sei distinguir realidade de fingimento, nem sei ao certo o que é essa realidade. Sabe, eu já vivi tanto em tão pouco tempo, já sofri demais e isso me faz crer que fingir quem sou seja menos arriscado para continuar a sobreviver. Sim, eu disse sobreviver, e disse isso por que já não sei mais o que é viver!

( Vivi Louhrinci )

domingo, 18 de agosto de 2013

A lenda do Piedra

    Uma leitura marcante, senti a necessidade de compartilhar uns pedaços com quem quiser que seja que esteja lendo isto agora por algum motivo ou razão quaisquer. Parando para pensar na vida, identifiquei-me com algumas passagens, e acredito que muitos se identificarão. Pensamos demais no que fazer, no que dizer, no que usar, como usar e sem perceber perdemos nosso tempo precioso com tolices como estas. Para que pensar tanto? Temos todos que buscar o Outro em nós e colocá-lo para fora... Este outro é quem nos obriga a pensar coisas inúteis quando poderíamos nos permitir VIVER .
      "Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei. Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves- se transforma nas pedras do seu leito. Ah, quem dera eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, sem lembranças.
Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei. O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas no rosto, e elas se misturaram com as águas geladas que correm diante de mim. Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, até que- distante de meus olhos e do meu coração- todas estas águas se confundem com o mar.
Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele. Que minhas lágrimas corram para bem longe, e então eu esquecerei (...) os caminhos que percorremos juntos. "

sábado, 17 de agosto de 2013

"Ah sonhos pra quem quiser

Brilhos pra quem tiver vontade
De sonhar e de brilhar
Pra quem quiser plantar
Água pra regar o amor
Que o mundo tá querendo sim
Paz, a gente quer muito mais
Eu quero te dizer
Que vou viver pra sempre assim
Nada vai mudar aqui
Dentro de mim 
Ah sonhos pra quem quiser
Brilhos pra quem tiver vontade
De sonhar e de brilhar"



segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Vítimas

Desde crianças, até adultos e idosos;
Somos vítimas do mundo.
Um planeta Terra, 
azul e verde e azul.
O planeta guerra,
cinza e vermelho e preto e morte.
A vida que se acaba com injustiças,
a morte daquilo que nem mais conhecemos, paz.
"Mãe, como nós morremos?"
"Hoje em dia, de todas as formas que se imagina."
"Mãe, e quando morremos?"
"Todo dia"
Quem quiser que acredite nisso,
ou que faça sua teoria;
Hoje eu vivo e hoje eu morro.
Ah, morte em vida,
tão pesada que não suporto carregar-te
me entrego em seus braços,
me rendo, me jogo.
Infelizmente deixo-me levar,
por que não há nada que eu possa fazer.

( Vivi Louhrinci )