terça-feira, 20 de agosto de 2013

Vida fingida

      Eu vivo fingindo quem sou, fingindo como sou, fingindo o que sinto, o que quero o que espero... Eu finjo tanto que as vezes até eu mesma começo a acreditar nas minhas mentiras e fingimentos se fim. Eu não sei ao certo por que faço isso, mas isso já faz parte de mim, já nem sei distinguir realidade de fingimento, nem sei ao certo o que é essa realidade. Sabe, eu já vivi tanto em tão pouco tempo, já sofri demais e isso me faz crer que fingir quem sou seja menos arriscado para continuar a sobreviver. Sim, eu disse sobreviver, e disse isso por que já não sei mais o que é viver!

( Vivi Louhrinci )

domingo, 18 de agosto de 2013

A lenda do Piedra

    Uma leitura marcante, senti a necessidade de compartilhar uns pedaços com quem quiser que seja que esteja lendo isto agora por algum motivo ou razão quaisquer. Parando para pensar na vida, identifiquei-me com algumas passagens, e acredito que muitos se identificarão. Pensamos demais no que fazer, no que dizer, no que usar, como usar e sem perceber perdemos nosso tempo precioso com tolices como estas. Para que pensar tanto? Temos todos que buscar o Outro em nós e colocá-lo para fora... Este outro é quem nos obriga a pensar coisas inúteis quando poderíamos nos permitir VIVER .
      "Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei. Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves- se transforma nas pedras do seu leito. Ah, quem dera eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, sem lembranças.
Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei. O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas no rosto, e elas se misturaram com as águas geladas que correm diante de mim. Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, até que- distante de meus olhos e do meu coração- todas estas águas se confundem com o mar.
Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele. Que minhas lágrimas corram para bem longe, e então eu esquecerei (...) os caminhos que percorremos juntos. "