terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Depoimento


Como explicar o que eu sinto, ou o que eu espero de algo tão novo e tão complexo?
Quando me fizerem a pergunta, eu não sabia ao certo o que dizer, e ainda não sei direito, fico pensando "Que loucura, como eles aceitam uma garota de 17 anos de idade para dar AULAS de CATEQUESE, pra crianças de 11 anos? " E depois que penso isso, digo pra mim mesma " Puxa, que sorte tenho eu, uma oportunidade como essas não é pra qualquer um, nem é fácil de encontrar... Vai ser uma nova experiência que me fará crescer ainda mais como ser humano e como Católica que sou. Encontrar com as crianças e faze-las entender o significado dos dizeres da Bíblia, ensinar-lhes sobre o Pai, Filho e Espírito Santo e ainda faze-las acreditar que quando acham que tudo acabou, ainda há uma esperança, o destino traçado por nós e por Ele através de pedidos e orações. É uma tarefa e tanto, mas não vou perder essa chance."
Depois desses pensamentos, confirmei, " Sim, vou ser Catequista"
E então veio a notícia do Retiro, que me deixou com um friozinho na barriga, conhecer outras pessoas que já são catequistas, trocar experiências e conhecer minha dupla... " E se ele (a) não gostar de mim, ou eu não gostar dele (a) ?" Quantas vezes achei mais fácil trabalhos individuais por causa da pessoa que era colocada como minha dupla. Mas quando anunciaram minha parceira, eu fiquei muito feliz, comecei a pirar pensando nas coisas que poderiamos fazer juntas, uma professora de música e uma bailarina e atriz... Tem algo melhor? Duas pessoas no ramo das artes, perfeito!
Quando o Retiro acabou eu queria mais, queria um novo encontro com aquela turma animada e apaixonada por ENSINAR.
Eu me orgulho em dizer que sou catequista, apesar de não ter dado nenhuma aula até agora, não sei, é tão bonito isso. Muitas pessoas olham pra mim e pensam que estou fazendo isso por obrigação, outras acham que sou louca "Como é? Você vai ser Catequista e ainda por cima sendo voluntária?" Sim, voluntária. O que poderia ser melhor do que trabalhar com crianças, ensinar e doar parte de mim, tudo junto? Falam que deveria me ocupar com outras coisas, esportes, danças, academia... mas se eu me ocupasse com esse tipo de coisa eu seria mais uma pessoa, mais uma Vithória, mas assim eu sou a Vivi, sou a catequista que vai trazer um pouco mais de Vida para essas crianças, e um pouco mais de Vida para mim. Eu sempre admirei os outros que faziam esse tipo de coisa, mas ficar sentada admirando é fácil demais, quero colocar em prática e poder sentir o na pele o gostinho de ser chamada de Vivi, de ser abraçada, questionada... Quero esse desafio pra mim, e com ele eu vou até o fim, porque se eu desistisse no meio não seria uma Vithória.
Ensinar os pequenos para aprender com eles, isso me leva sempre para frente.

( Vivi Louhrinci )