Quem a conhece que diga...

Ah, a verdade....

Muitos dizem que é o melhor,

o mais correto a se fazer.

Mas a verdade é dura,

muitas vezes nos faz sofrer.

Ah, senhora verdade,

por que tu, tão ambígua

com seus duplos sentidos,

suas palavras pesadas

caem como flores secas,

podres e murchas

sob meu pranto seco.

Verdade dita,

cutuca a ferida 

até que machuca.

Puxa, joga, arranha,

da pele à carne sangrenta.

Ah verdade nua e crua,

a verdade que deve ser sempre dita,

a verdade que fere e mente curar,

a verdade que eu sei e você não sabe que sei.

( Vivi Louhrinci )

" Ano novo, vida nova"
É o que todos dizem, mas a verdade é que a vida continua.
São mais 12 meses, todos eles cheios de emoções, sonhos, metas, objetivos...
São mais 365 dias misteriosos, não sabemos o que virá, só sabemos o que vivemos agora e o que ja passou.

Mudanças de escola, faculdade, trabalho, casa, cidade, país.
Novos amigos, vizinhos e familiares.
Outras viagens, outros lugares, outros amores.
Um ano inteirinho pra ser vivido, alguns meses, alguns dias... depende do que acontecer com cada um.
Ano novo... Se me pedir pra descrever o que eu sinto quanto vejo as retrospectivas da televisão, ou quando ouço a contagem regressiva e os fogos de artifício e então todos se abraçando e comemorando, digo que não sei.
As luzes coloridas enfeitam o céu e chamam a minha atenção. Para mim elas tem muito significado; Elas são o passado que estamos lançando para o alto num gesto de desapego, de liberdade. O dia mais leve do ano é o tal dia de ano novo, 1 de janeiro, pois é o único dia que posso dizer que só carrego comigo as coisas boas da vida e que o passado ruim já foi embora sem mais voltas.
E que venha mais um ano com mais realizações.
E que venha um ano melhor pra gente poder dizer mais uma vez:
EU SOU FELIZ ASSIM!

( Vivi Louhrinci )

Outro lugar qualquer, 25 de dezembro de 2012

Querida Netinha,

     Sinto muito a sua falta, um Natal sem você aqui ao meu lado não é um Natal que eu possa chamar de completo. Eu estou aqui, com o vovô, com meus outros filhos e netos, mas não tendo vocês, falta parte de mim também, mas eu entendo os motivos que levaram vocês ficarem aí este ano e com essa carta você me deixou próxima de ti em sentimentos e pensamentos.
      Eu gosto de ver essa sua curiosidade, me lembra muito sua mãe quando era criança, vocês duas são muito parecidas mesmo. Mas diferente de sua mãe, acho que você tem razão em querer respostas já, e terá elas vindas de mim, quando temos perguntas elas devem ser respondidas na hora, caso contrário podemos esquece-las e isso pode fazer com que a gente não cresça tanto quanto cresceria se tivessemos a resposta. Nunca deixe suas perguntas sem respostas, elas criam sua identidade.
     O Natal é um tempo mágico, tempo de nascimento, de vitória, esperança, confiança, simplicidade, caridade... Jesus, uma criança nascida de uma Virgem Maria, que recebeu todo o apoio do seu pretendente em casamento, mesmo sabendo que ele não era o pai do menino, isso porque ele confiava na Moça e sabia que ela não teria feito nada fora do acordo. Um menino que nasceu com uma Missão, que trouxe Vida a quem precisava acreditar que ela existia. Uma criança que nasceu entre animais, numa manjedoura com pedaços de tecido das vestes da mãe e palha. O Natal é como uma festa de aniversário, mas uma festa muito especial, uma data importante para os cristãos.
    Talvez você não entenda muito sobre a vida desse Menino e de sua Mãe, e por isso sua mãe não deve ter lhe explicado o que perguntou.
    As pessoas são tocadas por essa magia do Natal, todos juntos se fortalecem, aprendem, crescem.
    Natal é tempo de sonhar, e sonhar significa esperar por algo especial, lutar para sua realização, quando sonhamos muitas vezes precisamos que outras pessoas nos ajudem a alcançá-los, e pra termos gente ao nosso lado, precisamos ajudar também. Para um realização pessoal e principalmente, coletiva.
     Esperar o Papai Noel, é esperar que essas realizações cheguem com o bom velinho. Assim como você manda cartinhas para o Noel pedindo uma boneca ou um vestido, outros pedem um trabalho melhor, uma casa, comida... As diferenças trazem pedidos diferentes, sonhos inimagináveis, palpáveis ou não. Cada um de nós tem seus sonhos, alguns podem ser os mesmos de outras pessoas, mas cada um de nós tem um sonho único, que ninguém mais tem, e durante a vida, durante os Natais, cada pessoa descobre qual é o sonho que a define e o qual, mesmo realizado, será sempre seu maior sonho.
     A felicidade se espalha pelo mundo, a união e a caridade trazem dias melhores, poucos, mas já são suficientes para paramos para pensar no significado do Natal, das pessoas, do mundo, dos sonhos...  Para descobrirmos o valor das pessoas e o nosso valor. O valor da vida.
   
     Feliz Natal minha querida; um beijo,

                                                                                                           sua vovó

                                                                 ( Vivi Louhrinci )

Um lugar qualquer, 24 de dezembro de 2012

Querida Vovó,

     Hoje é véspera de Natal, a cidade onde moramos está diferente, eu não sei por que, não entendo. Todos aqueles irritadinhos que eu via passar pela calçada, estão sorrindo e se cumprimentando. Todos os que eu via pedirem coisa nas casa como água e comida e que recebiam apenas palavras feias e portas na cara, hoje não está sendo assim, hoje eles recebem abraços, sorrisos, muito mais comida do que pediram e não só água, mas refrigerantes, sucos e outras bebidas também. Os vizinhos não brigam uns com os outros, os cachorros não latem para os estranhos e nem mesmo para o carteiro, as crianças como eu, todas brincamos juntas e emprestamos tudo umas as outras, os casais sempre juntos, sem nenhuma desavença... Um tempo de felicidade, um tempo de calma, paz e harmônia. Mas da onde vieram todas essas mudanças das pessoas?
     Sinto muito não podermos passar o Natal aí com a senhora, sinto sua falta, o Natal não é o mesmo sem você aqui comigo como sempre foi, mas eu entendo que a distância impede a gente de ter tudo o que quer.        
      Vovó, posso te fazer uma pergunta?
      O que é o Natal? O que tem este dia de tão importante que faz as pessoas agirem diferente do que geralmente agem? Será que todos estão contentes e ansiosos com a chegada do Papai Noel nas suas casas?  Será que eles querem tentar serem bonzinhos agora, na véspera de Natal,pra ver se ganham o que pediram para o bom velinho? Eu não entendo...
     Quando perguntei a mamãe ela me falou que eu não ia entender ainda, disse que quando eu fosse mais velho ela iria me explicar e eu iria entender tudo, mas que não era pra me preocupar em responder essas perguntas agora. Mas eu quero saber AGORA, eu não preciso esperar, mesmo que eu não entenda tudo, posso entender uma parte e com o tempo entendo o restante, não acha?
     Bem, minha folha tá acabendo, acho que é hora de me despedir...
   
     Feliz Natal Vovó; um beijo enorme

                                                                                                                  sua netinha.
                                                                   

                                                                      ( Vivi Louhrinci)

ATENÇÃO

O FIM DO MUNDO É ADIADO

Deu o que falar, mas a tal "programação" para o dia 21/12/2012, já esta atrasada cerca de cinco horas.

Por que será?

Será que é por que no Brasil tudo está sempre atrasado?

Ou talvez por que... não irá acabar mesmo?

Esse "evento" midiático deu o que falar, foi piada de alguns e desespero de outros. Foram escritos livros, produzidos filmes, mini-séries, tudo que é programa de televisão, reportagens de revistas, jornais... e no "fim do mundo" tão esperado, nada acontece.

E.T.'s que invadiriam a Terra, chuva de meteoros, eclipse, alinhamento de planetas, escuridão de três dias, tsunamis e terremotos. Como é fácil enganar os outros, é só falar besteira e deixar que tudo se espalhe naturalmente e pronto.

Nós já vivemos num fim de mundo, as pessoas não percebem isso?

Drogas, assaltos, assassinatos...

Pessoas umas contra as outras...

Corrupção ridícula na qual somos feitos de palhaços...

Se tudo que estava previsto para hoje realmente acontecesse, o que você faria?

Gastaria todo o seu dinheiro com coisas inúteis, viajaria, comeria tudo que desse vontade, sairia pelado pelas ruas da cidade, faria seu próprio suicídio, engravidaria mulheres ou se deixaria engravidar de qualquer um, curtiria com os amigos, pularia de um prédio ou de um precipício, ficaria dormindo o dia todo, esperaria calmamente seu fim...?

Eu faria melhor. Eu agradeceria a Deus por terminar com isso tudo. O homem a quem ele deu a vida está se destruindo, se enchendo de maconha, crack, cocaína, heroína, bebendo feito um idiota até cair no chão, matando, roubando, traindo, brigando. O que é isso? Vivemos numa guerra que poucos conseguem sobreviver, e esses que tem a vida salva, morrem depois, morrem sofrendo nas mãos uns dos outros, sem casa, sem família, sem nada.

( Vivi Louhrinci)

Contagem regressiva

Um mês pode ser muito tempo,

30 dias sofrendo,

30 dias com medo,

30 dias sem vento...

Um mês pode ser pouco tempo,

30 dias viajando

30 dias sorrindo,

30 dias brincando...

Mas... e quando falta um mês?

30 dias de nervosismo,

30 dias ansiosos,

30 dias cheios...

Quanta coisas nos esperam...

pessoas desconhecidas

com quem vamos conviver,

de um lugar ainda estranho

onde vamos aprender.

( Vivi Louhrinci) 

E aí, como você se sente no lugar do outro?

"Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou."
Porque todo dia é novo,
não tem mais volta,
assim como não tem como fugir.
                   "Esses novos dias, as alegrias serão de todos, é só querer."
                    Porque sorrisos geram sorrisos,
                    e ser feliz é uma obrigação
                    já que a vida é um presente.
                                         "Todos os nossos sonhos serão verdade, o futuro já começou..."
                                          Os nossos sonhos determinam quem somos,
                                           o que seremos.
                                                                                               E o futuro? Já é passado
                                                                                               o presente? Já é passado,
                                                                                               e o passado... recordação.
 ( Vivi Louhrinci + vinheta TV Globo)

Tango

Extudante... O fim de um ciclo.

Queridos pais, familiares, professores, formandos e os demais presente.
Nunca imaginei que pudesse me abrir dessa maneira, mas sinto no meu coração que preciso. É como se fosse um dever de casa por estar aqui, no Santa, a tanto tempo.
Eu não lembro do meu primeiro dia de aula, do meu primeiro caderno ou de detalhes mais específicos assim. Eu lembro de cada professor que tive, sei dizer o pelo menos o nome de cada um deles pois eles fizeram parte de no mínimo um ano de minha vida, alguns bem mais é claro.
Passei por momentos felizes, onde ria em companhia ou até mesmo sozinha. Vive dias difíceis, mas sempre soube que teriam muitas pessoas que me ajudariam mesmo que sendo com um simples gesto de carinho, como um abraço ou um olhar acolhedor. Posso dizer que morei aqui, porque tiveram anos que eu ficava mais tempo na escola com as aulas e as atividades do que em minha própria casa, mas não era estar longe de casa que me deixaria longe da família, e isso eu posso justificar por dois motivos: O primeiro, é que minha irmã sempre fez tudo comigo e minha mãe vinha bastante na escola, principalmente quando eu era pequena. O segundo motivo, é que eu formei uma família aqui também  os amigos da sala, minhas irmãs da dança, e os meus monitores e pejoteiros que eram como meus pais e meus filhos.
Sempre tem aqueles que marcam muito na nossa vida, e eu não vou citar nomes não tem necessidade, até porque se todos estamos aqui hoje é porque pessoas especiais costumam se reunir então, de uma forma ou de outra vocês marcaram minha vida ou a vida de alguém aqui. Sintam-se todos privilegiados, não é sempre que as pessoas tem coragem de demonstrar o quanto o outro é importante e o que realmente sentem quando estão junto a esse outro.
Não sei se todos sabem, mas tivemos um acantonamento dessa turma de formandos. Foi uma confraternização, um momento pra relaxarmos em meio a tantos estudos, uma forma de nos desligarmos do nervosismo  um momento de alegria e também de parar para pensar no que já foi. Uma frase lá dita foi que estavamos no fim de um ciclo preste a partir para uma outra etapa. Essa frase me desabou. Parecia tão distante a despedida e depois de ouvir isso, as palavras foram sendo repetidas em minha mente diariamente e eu não queria acreditar que era verdade, queria que o tempo parece ou que nunca, nunca se esgotasse. Mas isso não aconteceu, hoje, somos os Formandos 2012.
E pensar que um dia já fui uma menininha...
Quando fiz as inscrições das provas de vestibular, era assim que eu me sentia. Uma menininha perdida em meio tantos cursos, tanta gente, tantos sentimentos, tantas opiniões diferentes. Parecia que estava sozinha em meio a um mar de pessoas. Parecia que ninguém podia ver ali, e nem eu era capaz de ver o fim daquele oceano onde pessoas iam e vinham. Uma terra de gigantes, eu sozinha em meio a tanta gente e mais ninguém.
Foram 12 anos de Santa Maria, mas não só 12 anos de anos de Marista, porque vou ser uma pra sempre.
                                                                                                        ( Vivi Louhrinci )

As dúvidas que ficam depois que tudo acaba

Já parou pra pensar

que ontem pode ter sido

a nossa última troca de olhar?

E ao invés da gente conversar,

trocar um abraço

e aproveitar;

Mantivemos-nos distantes

como se não fosse acabar,

como se fosse eterno aquele instante.

Já parou pra ver

que tudo poderia ter sido diferente

dependendo como a gente se entendesse? 

Se você não fosse tão inseguro,

se não tivesse tanto medo,

se não fosse tão desconfiado;

Se eu não fosse um personagem,

se não tivesse nada idealizado,

se não me faltasse coragem;

Já parou pra perceber

que o tempo passou

e não podemos mais reviver?

E o que fizemos?

O que você queria?

O que queriamos fazer?

O que eu pretendia?

E por que esquecer?

Ou porque lembrar?

Acordei do meu sonho,

misturando ficção com realidade.

Levantei-me do meu mundo seguro.

Entrei no universo da maior idade

 sem acreditar nessa senhora

que se aproxima a cada hora.

Passou, passou...

E agora?

Infelizmente, me parece que acabou.

( Vivi Louhrinci)

Fim da tarde

"Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente. 
Sobre o espaço, sonhadora e bela! 
Surge no infinito a lua docemente, 
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela 
Que se apresta e a linda sonhadoramente, 
Em anseios d'alma para ficar bela 
Grita ao céu e a terra toda a Natureza! 
Cala a passarada aos seus tristes queixumes 
E reflete o mar toda a Sua riqueza... 
Suave a luz da lua desperta agora 
A cruel saudade que ri e chora! 
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente 
Sobre o espaço, sonhadora e bela!"


Villa Lobos- bachianas 5

Pedaços...

"(...)- Quando eu chegar eu falo. Só me diz uma coisinha, o Dé está por aí?
No mesmo instante da pergunta o menino abre a porta. Amanda estranha seu jeito. Ele, sem falar nada vai para o seu quarto deixando a porta aberta.
-Falando nele... Acabou de chegar com um péssimo humor, fedidinho pra caramba. Acho que não está num bom dia, grosso...- falou alto para que o irmão escutasse.
- Escuta aqui Alice, vê se me deixa em paz e vai cuidar da sua vida, sua problemática! É isso mesmo, sua vida já é bem complicada, você é complicada então acho melhor você ficar com esses seus problemas e me deixa quieto com os meus que por sinal são bem menores e em menor quantidade que os seus! Pára de se meter na minha vida! Cala essa boca ! Me deixa!- gritava André do seu quarto.
- O que está acontecendo?- Ana assustada ao telefone.
Alice soltou o telefone na mesinha e saiu para o quarto do irmão.
-Lili, não vá lá! Alice, você estava falando com a Ana no telefone lembra?
Amanda Tentou evitar um problema maior.
- Que que deu em você Dé! Sou sua irmã...- chorando muito- Eu posso sim ser diferente mas e daí! Hoje foi o dia mais feliz da minha vida e você está estragando tudo! Você tá querendo o que falando essas coisas comigo? Para com isso! Você está me ouvindo? Tá me ouvindo?
- Eu mandei você calar essa sua maldita boca agora! Se você não entendeu deixa que eu mesmo fecho a sua matraca!- agressivo
- Ei, gente! Eu tô aqui ainda! Alguém pode pegar esse telefone e me dizer o que está havendo aí em casa?
André levantou da cama que estava deitado e foi pra cima da irmã. Grosseiramente apertava o braço da irmã e gritava a mesma frase repetidas vezes;
-Vai ficar quieta agora? Pára de chorar que você está atrapalhando meu sono e tirando minha vontade de dormir! Não vai falar nada agora, só vai chorar, ein?!
Depois da terceira repetição, ele apertou com força a boca da irmã e as bochechas, apertava-as como se fosse um bichinho de pelúcia que nunca se machucava.
Alice  chorava cada vez mais alto. Seu irmão estava machucando-a sem ela ter lhe dado um motivo, e mesmo que tivesse motivo, eles eram irmãos e isso não estava certo.
-Pára André! Pára!!! Solta a Lili! André, para por favor!
Gritou chorando Amanda,assustada com a situação. Amanda tentou segurar o menino e soltar a irmã mas cada vez que ela conseguia soltar Alice  puxando o irmão na direção oposta, ele agredia-a e voltava com ainda mais força pra cima de Lili. Uma das vezes Alice caiu no chão de joelhos e chorou ainda mais alto.
A cena era terrível, creul, sem explicação esse comportamento momentâneo do menino.
Ana não aguentava mais, desligou o telefone, ligou do seu celular para David para pedir ajuda.(...)

David tentou segurar o menino, mas ele conseguiu se soltar.
- André! Pare com isso! O que está acontecendo com você? Você nunca foi assim! Pare André!- gritou Ana.
Mas de nada adiantou.
Ana não aguentava, seu peito apertava e doía em ver a irmã gritando, chorando e sofrendo daquela maneira. Sentia dor também por não saber o por que o irmão estava agindo assim, fazendo aquilo, ela tinha feito de tudo por eles três desde que seus pais viajaram e agora o resultado era esse, um irmão espancando as outras irmãs sem se saber por que e sem entender a reação do menino que mudara de uma hora para outra. Ela sentia uma dor, um aperto... Dor de mãe em ver seus filhos, um contra o outro. Começou a chorar.(...)

Ana, de joelhos, abraçou Alice que continuava a chorar como uma criança com medo de dormir no escuro, assustada com o monstro do armário e escandalizada com um filme de terror real que viveu naquele dia que começou tão bem. Esticou o braço chamando Amanda para o abraço também. David logo se juntou a elas. Fizeram o que Ana chamava de Abraço Cebola, cada pessoa dentro desse abraço é uma camada da cebola, as camadas separadas não formam nada, unidas, formam a cebola, um alimento importante para a vida assim como o amor que este abraço continha.

A casa ficou silenciosa, muito diferente de como estava antes. David levou o menino para o quarto e trancou a porta para não sair de lá caso despertasse. Quando voltou, as menias ainda estavam se abraçando, ele passou a mão nas costas e nos cabelos de Ana.

Abraço desfeito, mas Alice não parou de chorar e soluçar. Estava sentindo muita dor, dor dos machucados feitos pelo irmão transtornado.

- Calma Lili, deixa eu olhar para o seu rosto.- disse Ana erguendo o rosto da irmã e reparando nos muitos machucados e pensando a força que o irmão fez para deixá-la daquele jeito.- Onde está doendo mais querida?

-Depende... Dói muito aqui, no joelho.- pegando no joelho direito-  Mais tá doendo muito mais aqui...- colocando as duas mãos no coração.

Amanda e Ana desandaram a chorar e abraçar a irmã. David não queria demonstrar que lágrimas escorriam pelo seu rosto, passava a manga do jaleco assim que saim dos olhos para que não as vissem, uma ou outra escorria e tocava o chão.

- Desculpa Ana, não consegui segurar o Dé, eu tentei muito, mas ele é muito mais forte do que eu imaginava. Vocês tiveram que vir até aqui, tiveram que sair do trabalho...-Amanda se sentia um pouco culpada.

- Calma Amandinha, não foi sua culpa. Não é culpa de ninguém!- disse Ana. (...)"

                                     ( trecho de " Diário Down" de Vivi Louhrinci )

Sou teu... Adeus.

Sou um pequeno grão

nos teus olhos de mel;

Sou a brisa que faz voar

teus cabelos ao andar...

Sou o sol

que reflete em teus olhos;

Sou a doçura de teus lábios

que quero beijar,

mas não posso...

Sou o calor

dentro do teu peito;

Sou seu amor

mesmo que você

não me queira assim...

Não faz isso por mim

por mais que acredite em nós

quero te ver feliz.

Sou seu medo

de me magoar;

Sou seu pranto

que em silêncio vejo chorar...

Sou um amigo

para o que precisar;

Sou teu afastamento

que tem medo de forçar-te a amar...

Sou tua insegurança

de comigo caminhar;

Sou teu adeus

porque te amo

vou te deixar...

(Vivi Louhrinci)

‎"Nada do que foi será

De novo do jeito que já foi

um dia"

Não sabemos o que vai vir pela frente, mas temos que admitir que surgem distâncias com o passado e novas aproximações, que podem ser boas, mas não serão a mesma coisa do que já foi vivido...

"Tudo passa, tudo sempre

passará

A vida vem em ondas,

como um mar

Num indo e vindo

infinito"

O problema não é ir, é voltar. Ele carrega com sigo as saudades e as lembranças. As vezes o melhor a fazer é conseguir um equilíbrio... Nem ir, nem voltar. Manter-se onde está.

"Tudo que se vê não é

Igual ao que a gente viu há

um segundo

tudo muda o tempo todo no

mundo"

Mudanças... Algumas que nos melhoram outras que podem piorar. O segredo é ser você, não mudar por alguém, esse alguém pode se afastar e quando você perceber, verá que se afastou porque você mudou...

"Não adianta fugir

Nem mentir pra si mesmo

agora

Há tanta vida lá fora

Aqui dentro sempre"

Vida lá fora? Estou rumo a um mundo que não conheço, é como se ele me puxasse para dentro de si e ao mesmo tempo me afastasse desse mundo seguro que cresci... Não tem como evitar, isso acontece com todo mundo um dia. O que levo desse meu mundinho que vivi até ontem é a amizade e todas as lembranças que me deixam com vontade de voltar lá, pro meu mundo seguro onde sei que tenho pessoas com quem posso contar sempre...

( Vivi Louhrinci)

música "como uma onda no mar" de Lulu Santos.

Menina Rosa

Garota apaixonada,

não sabe lidar com o coração.

Fica em seu canto esperando

que dele venha a declaração.

O menino envergonhado

nunca dela se aproxima,

fica todo descompensado

quando olha a tal menina.

Um dia crianças,

outro dia adolescentes.

Mesmas eram as lembranças

e os dias que viviam.

Ela não estava numa boa fase,

o corpo mudando...

Espinhas na face.

Desiludida, passava o dia suspirando.

Tomou coragem o homenzinho.

Quando olhou sua garota,

chegou dela, bem pertinho

e disse encabulado:

Minha menina rosa,

tinha medo de ti...

Medo dos seus espinhos

machucarem a mim...

Eu sei que espinhos são feios,

mas você, não machucam.

Dono do meu coração,

quero entregar-me na sua mão.

Menina rosa, eu confesso,

quero viver bem ao teu lado,

pois por mais ninguém tenho tamanho afeto...

Aceite-me como namorado?!

A timidez perdeu dessa vez.

A moçinha encantada,

o moçinho realizado...

Os dois criaram, seu próprio conto de fadas.

(Vivi Louhrinci)

Moda ridícula

Fotos, belas recordações...

Será mesmo?

Agora são usadas para "exibições".

Uma mensagem chega a cada segundo,

O que pode nela haver,

que interesse todo mundo?

Uma foto.

Não uma foto qualquer.

Uma adolescente,

sem nada na mente,

que tá tentando crescer.

Sozinha na frente do espelho,

a garota fantasia.

Tira suas roupas, arruma o cabelo,

com um click a cena é guardada.

Uma foto enviada.

De celular a celular,

a imagem é recebida 

e repassada em seguida.

Aos poucos a fama vai chegar.

Isso agora virou moda...

Como assim? deve você querer saber,

e o que mais me atormenta

é que não sei te responder.

(Vivi Louhrinci)

Vestibular? Tá parecendo brincadeira..

":: COMUNICADO SOBRE O PROCESSO VESTIBULAR 2013 ::



A FACULDADE DE ARTES DO PARANÁ comunica que o Concurso Vestibular 2013, referente ao edital nº 031/2012, realizado para provimento das vagas de todos os cursos de graduação foi ANULADO.

Comunicamos que a anulação se deu em razão do descumprimento das cláusulas previstas no contrato firmado com a empresa responsável pela realização do Vestibular 2013, a qual foi contratada via processo licitatório, como previsto em Lei.

Sendo assim, informamos que será realizado novo Concurso Vestibular para provimento das vagas de todos os cursos, com data a ser divulgada em edital.

Os candidatos que se inscreveram para o Vestibular 2013 terão direito ao reaproveitamento do valor pago pelas inscrições. Por sua vez, os que não pretenderem a participação no novo concurso, poderão solicitar a devolução do valor pago a partir de março de 2013."

Fico realmente revoltada com isso.
Quantas pessoas saíram de suas casa, muitas vezes até de suas cidades, pra fazerem uma prova como estas para acabar sendo anulada?
Foi tudo uma perda de tempo? É isso?
A confusão começou quando alteraram a data da realização da prova, e a "nova data" caiu no dia da primeira fase da UFPR, porém no período da manhã.
Depois, é o gabarito que deveria ter saído um dia depois e que nunca foi falado nada dele.
Em seguida colocam um comunicado dizendo que no dia 19/11 estariam divulgando algo referente a prova, abrimos o site no dia e nele o que há de diferente? Um novo comunicado pedindo desculpas e dizendo a mesma coisa que o outro... "em breve notícias referentes a primeira fase do vestibular da FAP 2012/2013. E o tal comunicado não poderia trazer notícia pior aos candidatos que estudaram e se prepararam e que até ja haviam começado a preparar suas práticas de segunda fase, pois se fossem esperar o resultado seria muito em cima da hora para fazer algo digno e ter chance com a concorrência.
É, esse país não funciona mesmo... Esse estado então, pior ainda.

( vivi louhrinci)

                                    

                                   Não sei porque, mas essas crianças me chamam a atenção.
                                          Como explicar isso?


Não sei quando, mas não vai demorar muito, vou dedicar um pequeno trabalho meu a essas pessoas incrivelmente sensíveis; Já esta escrito, falta digitar e ver quem aceita publicar...

    Esses seres humanos merecem um olhar mais cuidadoso. Muitas vezes sentimos pena e com isso fazemos com que essas pessoas se sintam menores. Pena... que sentimento estúpido!
   Deixem isso de lado, tentem enxergar o coração e não o físico das pessoas, muitas vezes descobrimos que temos muito que aprender com elas, muito mais do que acreditavamos que elas podiam saber...
   Na verdade os que deveriam se sentir "inferiores" somos nós que não conseguimos ver o que eles conseguem encontrar nas coisas mais simples da vida, as quais muitas vezes nem damos o valor que essas coisas mereciam ter.
   Pessoas. Pessoas. Gente como eu e você. Mas com um coração muito maior do que podemos imaginar.

                                                                                                                      ( Vivi Louhrinci)

Eu ; a coisa

Eu não sou negra;

não sou nem índia, nem branca;

Eu não sou parda;

não sou nem amarela, nem de cor alguma...

Sou transparente.

Pelo menos é como me sinto.

Um mero Reflexo no espelho do mundo.

Eu falo a verdade, não minto, não sou mito.

Não posso dizer que vivo,

mas não sou aquele que morre.

Não posso dizer que durmo,

mas sou aquele que sonha...

Sonhos invisíveis.

Ninguém os tem, além de mim.

Ninguém convive com eles, apenas eu.

Esse ser transparente que não mente.

Eu tento ser gente, mas gente não quero ser.

Gente sofre, grita, come, morde, chora.

Gente sente o frio, que nem ao menos posso ver,

gente chata que reclama de tudo e depois quer o que criticara.

Não tenho cor.

Não tenho dor, nem nada.

Sou vazio de ter e cheio de ser.

Ser alguma coisa, diferente de você...

Você que que não tenta nada.

Robô da humanidade;

Você é burro, pau mandado.

Você é gente que só sabe ser gente.

( Vivi Louhrinci )

              É, é hoje...
Minha última primeira fase de vestibular.
    Como passou rápido, bem mais rápido do que eu queria.
                                                                           
   E AGORA?

     Cada um está tomando um rumo e será assim que iremos descobrir quem são os amigos de verdade que mesmo longe vão lembrar de ligar, mandar mensagens, convidar para sair...
    Confesso que to uma tanto nervosa, acho que todos estamos na mesma situação, parece que o corpo quer arrastar a gente prum lugar estranho que não temos certeza se queremos ir, mas não podemos evitar.

É, a vida muda muito quando se cresce.
                                                           ( vivi louhrinci)

Dia de peça

O frio na barriga começa...

O tempo parece não passar...

Já posso ouvir as músicas, as pessoas rindo, o silêncio de momentos tensos, meu coração batendo forte...

agitação nos camarins... trocas de roupa...

Bater texto as 19h... 

Como assim? JÁ? terceiro sinal. A cortina abre... fecha e abre e fecha e abre...

Fecha!

É ,quando menos esperamos, acabou.

Aplausos, assovios, gritos, agradecimentos.

Troca de roupa, volto a ser eu... em casa, amanhã tem mais!

 (vivi louhrinci)

Sem palavras

Saudades

Agora vamos parar para pensar...
Será mesmo que o Natal está chegando?
Não precisa responder, é só pensar, seu incompetente!
Vamo lá, Vamo lá, Vamo lá... infantis!
É hora de implantarmos a oligarquia das 'xoxotas'!
E se vocês vão reclamar, não querem ficar aqui... ali fora é bem melhora pra conversar. Podem ir, já fiz chamada, é só pegar suas coisas e sair
Ou quer que eu vá até aí e te ajude com as minhas luvinhas?
'Thansk, Thansk!' Pronto, o homem das cavernas resolve tudo isso.
Resolve do jeito que Jesus resolveria, como o povo da PJ...
Cinco voltas na quadra!
Amores, prestem atenção, eu sei que é difícil, pra mim também é. Primeira aula, sábado de manhã...
Mas se vocês não prestarem atenção e errarem o lugar, a brincadeira acaba, elas não vão mais parar de rir. E vocês não podem fazer feio. Elas tem um poder que nem imaginam... Pois é.
Isso mesmo, na minha aula quem mandam são as mulheres!
Porque vivemos, sim, num país capitalista e democrático.
E nesse sistema da vida, nada substitui a leitura!
Nada? O que é o "nada"? É um grande problema, um mistério, assim como o SER, que não conseguimos explicar...
Quem conseguir encontrar os significados das palavras no contexto, ganha um pirulito!
Enfim, acabou essa coisa toda de ficar pensando, essa oligarquia feminina e de leitura. O Natal chegou mesmo... e agora

                                          NOS ENCONTRAMOS NA UNIVERSIDADE!
                     
                                                            ( vivi louhrinci )

Conflito interno

E quem consegue dormir numa hora como estas?
Amanhã nossas vidas podem mudar, tomar outro rumo... a faculdade.
Ou tambem, pode ser que continuemos no mesmo lugar, pode ser re tenhamos que repetir tudo aquilo que ja vivemos este ano, no ano que vem.
Realmente, agora posso dizer que entendo e sei o que quer dizer a frase "ou é tudo, ou não é nada".
Porque vai ser assim.
A espera que trás angústia, medo.
O resultado que acumula aflição até que... lá esta! ou quem sabe não esteja.
Felicidade? Tristeza?
Não sei, hoje.
Amanhã? Talvez.
                   
                            ( vivi louhrinci )

Meus amigos

                                                                         

                                             Não podemos chamar de trabalho e sim de missão...
     É isso! Encontrei a palavra certa para definir pessoas que dedicam a vida pra os mais novos na esperança de seus sonhos, desses profissionais, se realizarem; Não são sonhos para si mesmos, são sonhos grandes que poderiam ser simples mas que pelas diferenças sociais existentes acaba distanciando-os de vê-los se concretizarem...
                Paz, Amor, Conhecimento, Pensamento, Profissionalismo, Mentes abertas, Sabedoria...
         São mais do que Professores, são amigos, pais.
São mais do que pessoas que educam, são aqueles que buscam um futuro melhor para o mundo.
                                                                                                           São humildes, sinceros, corajosos.
                               São seres humanos, mas são diferentes... especiais.
     Pense nos seu professores... você lembra de todos eles? o que você aprendeu com essa pessoa que leva com você até os dias de hoje?
    Muitas vezes não lembramos os nomes deles, mas guardamos seu rosto na nossa memória por termos vivido no mínimo um ano ao seu lado e neste um ano termos nos descoberto um pouquinho mais graças a eles...

    Denize's, Jacque, Débora's, Alison, Soraia, Eliane's, Alice, Jotinha, Gonzaga, Jaque, Cassi, Claudia, Ju's, Patricia, Daisy, Tati, Katia, Karla, Karina, Pinduca, Eder, Edgar, Marcionei, Leila, Pilar, Noslen, Regiane, Marcia's, Betinha, Abrão, Maria Marta, Maria, Léo, Fausto, Dário, Maizena, Riva, Sandro, Hélio, Ane, Andrea, Fernanda, Odair, Alailson, Bethi, Lari, Jack, Abel...

      Alguns dos que passaram por mim e me ensinaram mais do que português, matemática, física, história ou geografia, mas que me viram crescer e me tornaram que eu sou hoje.

Obrigada a todos os meus AMIGOS, e a todos que participam dessa missão de ensinar                             o mundo a andar pra frente... vocês, professores!

Inocência... perdida no tempo

       Ah, crianças...
    Elas crescem e perdem a pureza e a inocência com o passar dos anos. A vida em sociedade parece depender dessas duas perdas que são talvez, as maiores perdas da vida de qualquer um de nós.
    Enquanto tem essa pureza e essa imagem do mundo perfeito, falam as coisas mais engraçadas que existem, sem achar graça no que dizem, apenas falando por falar, comentando, tirando dúvidas, perguntando, perguntando, perguntando... sempre!
    Algumas situações desse feriado me fizeram escrever isso. Passar dois dia na praia com uma criança, foi talvez uma das experiências que me deu mais saudades da infância e que me fez parar para pensar em como mudamos para nos encaixarmos nesse mundo adolescente,adulto.
   
 Um garoto, motivo de raiva e nojo;

" eu escrevi aqui (referindo-se à página do diário) sobre um menino que fica me seguindo na escola, ele gosta de mim, mas é muito chato, tenho raiva dele... Eca!!"

Um passarinho filhote, ainda sem penas, que caiu do ninho e encontramos no chão;

"Ele está bem sim, só esta com muito soninho e está dormindo um pouco."

Uma placa na estrada;

" Por que eles, as vezes, trocam o H do Hotel, por M ? Tá errado, né?"

Quem sabe se todas as pessoas tivessem essa visão de mundo, vivessemos num lugar melhor...

                                                         ( vivi louhrinci)      

Eu vou sumir... por uns tempos!

            Oi gente,
dessa vez, não será poesia, nem música, video... dessa vez quero dar um aviso e desde já pedir desculpa.
   Eu vou sumir por umas semaninhas, não querem que pensei que aconteceu algo sério na minha vida particular, nada disso.
   Pra quem não sabe, eu vou fazer vestibular, começam as provas daqui umas duas semana e com isso não vai dar tempo de escrever nada para postar, nem sei se arranjarei tempo para entrar na net. Apesar da pequena concorrência, e do baixo número de acertos para entrar acima da minha linha de corte, tenho que me focar e estudar mais, rever o que já estudei, ver o que ainda preciso melhorara, treinar, treinar, treinar, treinar... Por que é isso, vestibular é a forma mais injusta de todas de se ingressar numa faculdade, é um teste físico de resistência e um teste mental, onde que aguenta mais e sabe mais ( ou chuta certo melhor) entra, os outros, a maioria, fica de fora. Nosso país tem que melhorar muito no setor educação. E mesmo que melhore, não vai ser o suficiente, pois ainda não terão vagas para todos.
   Bem, até qualquer dia!
   Prometo que volto com muuuuita coisa nova!!!
                                                                Com carinho,  Vivi Louhrinci

"Janeiro: Mamãe descobriu que eu era um menino.
Fevereiro: Mamãe e papai brigaram. Acho que foi por minha causa, mas fiquei quietinho..
Março: Chutei sua barriga. Desculpe mamãe, foi sem querer.

Abril: Mamãe e papai brigaram de novo… Falaram de uma coisa que eu não sabia, algo chamado “aborto”
Maio: Mamãe foi no medico e ele pediu para que ela deitasse na cama. Senti algo puxando meu pezinho e pensei que era hora de eu nascer! Achei que fosse a hora de ver minha linda mãezinha. De repente, vi tudo ficar escuro.
E hoje estou aqui, voltei para o céu. Olho minha mãe todos os dias e sempre me pergunto: Por quê será que ela me matou? Eu a amava tanto..."

V.M

   

                                                      

Dois anos...

Muitos dias vividos 

é a morte que chega mais perto, 

mesmo estando longe.

O dia que foi meu,

hoje, é seu.

De princesa, para rainha.

O sol era eu,

agora sou apenas reflexo

de quem pra mim é a luz.

Eu era inocência,

se ainda carrego dela  um pedaço...

talvez não, talvez sim.

Um sorriso era mais que o bastante.

Prefiro, hoje,

um abraço eterno e quente.

Olho pra você,

meu espelho, retrato fiel.

Vejo em sua juventude

as minhas mudanças de atitude

que os anos revelam 

nos pequeno do agora,

nos grandes de amanha.

 (vivi louhrinci)

Não me faça acabar com tigo

     Não me questione, 

não me induza a dizer o que não quero

 ou não devo. 

Falar o que trago dentro de mim

 pode me levar voar de alegria, 

mas pode me derrubar de um precipício

 onde eu me arrebentaria.

Podemos conversar

mas não sobre isso.

se insistir em continuar

terei que recuar, me afastar...

te esquecer e me abandonar.

Curiosidade?

pra mim isso tem outo nome,

outro significado, outra ideia...

Não faça em me confundir

já sou perdida por mim mesma.

A vontade de falar é grande.

Minha imaginação 

me leva a loucura,ao delírio...

Mas metade de mim diz que sim,

enquanto a outra é negação.

As vezes o silêncio

é o melhor e mais correto.

é o que temos de mais seguro,

e o que é abstrato se torna concreto.

Não fale, não diga,

não grite, nem sussurre.

deixe o tempo soprar em seu ouvido

coisas que eu não posso, não digo.

( vivi louhrinci )

No baú das lembranças

 

    Durante 11 anos da minha vida no colégio eu dizia... Nossa como demora pra passar o tempo, esse ano nunca acaba. Hoje, no meu 12° ano digo diferente... Nossa como passou rápido. E descobri que não é isso que eu quero! Quero que o tempo pare e não me carregue arrastada com ele para um mundo totalmente diferente desse que vivo hoje. Ontem, tive uma aula bem especial durante a noite, o famoso aulão do terceirão marista. Que noite! A gente aprende que estudar pode ser um pouco menos chato quando fantasiamos (literalmente) os conteúdos. Quantas risadas... Quantas coisas descobri que sei. Quanta gente pude conhecer  melhor nesta noite ( professores). Descobrimos cada coisa, vimos cada coisa. Quando eu imaginaria que certas pessoas se vestiriam de criaturinhas azuis pra dar aula? Ou quem sabe de vermes? muçulmanos? simpsons? militares do exército? Mesmo os sem fantasia, apenas com um violão, me levaram ao mundo das lembranças que me fazia desejar que o tempo voltasse pra eu reviver diferente certas coisas, concertar erros e me divertir mais. E os que estiveram lá de forma virtual, não são menos especias por isso. É, é difícil crescer... Imaginar-me na faculdade? Não consigo, parece um lugar tão grande, uma terra de gigantes e eu lá, como uma formiguinha. Tenho que me conformar, isso vai acontecer e mais rápido do que eu queria que fosse, mas não vou deixar nada pra trás, vou levar tudo e todos comigo... No meu baú de lembranças onde tenho o meu mais bonito álbum de fotos... meu coração.

Um visitante na terra

A terra é um planeta estranho...

Ele é seco,

pontudo

sujo.

E os homens não tem imaginação!

Eles apenas repetem tudo, tudo o que dizem!

é um eco que não sai da mesmice,

Vez ou outra ele muda,

mas sempre que se aborrece

volta ao eco e resmunga...

Prefiro meu planeta,

pode ele ser pequeno e eu viver na solidão

mas pelo menos, lá não machuco meu coração!

(vivi louhrinci)

inspirado em O PEQUENO PRINCIPE

Pedaço de Sinceridade

                                                                       
...
CEGUETA- Sou um leão! ( FICA DE QUATRO) Sou um leão alado! ( SOLTA UM 'RUGIDO' E RI DE SI MESMO)

ESTUPRO- Só se for o leão esfomeado, maldito imposto de renda! Tira o pouco que temos para melhorar o país... ( PARA A PLATÉIA) Que melhorias você vê? Pessoas dormindo no chão, comendo no lixão as sobras de um riquinho. Uma pessoa roubando para comprar um pão que vai dividir com a mulher e mais sete crianças desnutridas que moram numa casa de saco pláticos, sem água, mesa, colchão, sem saber quanto tempo a casa vai ficar em pé e sem saber se algum monstrengo armado invadirá sua casa de esmolas e matará a mulher, as crianças e fará do pobre homem um prisioneiro eterno numa cela com mais setenta homens sujos e sem grana pra pagar advogado ou fiança.
...
                     O funil deixa passar poucos privilegiados, os que ficam... são deixados de lá espremidos.                                                        

                                                                         ( vivi louhrinci)

A carne.

O corpo é carne viva;

viva e coberta...

A carne vestida.

O corpo é carne que sangra;

sangra e chora...

Acarne agora morta.

Carne viva;

coberta e vestida.

Carne que sangra;

chora agora morta.

A carne já não é vermelha,

não sangra, nada sente.

A carne já é devorada,

crua, fria, despida e calada.

Uns e outros preferem-na viva,

pois carne com sangue sofre.

Sofrimentos acabam com essa vida

que sem liberdade morrem.

A morte tira a beleza e a cor

mas tira tambem a dor.

A carne não mais sofre

e o corpo, apodrece.

(vivi louhrinci)

Coisas de sua cabeça

Pedaço escolhido

...
O careca-guilherme- é um traficante de drogas lider de um grupo de adolescentes que se drogam e que fugiram de casa por usarem drogas e acabam fazendo tudo que esse traficante quer que eles façam, caso contrario estariam sem casa ou mortos. Um menino chamado André, desafiou-o uma vez e acabaram saindo numa briga feia, e o menino saiu do grupo de drogaditos. Mas acabou voltando e sendo aceito pelo Guilherme e pelo grupo. O careca, desconfiando de sua lealdade, desafiou-o...

...

Sentado num sofá todo rasgado, com os pés em cima de uma lata de lixo, vestindo roupas de marca, colares de ouro branco e tênis, com sua tatuagem a mostra na perna dirita traduzindo o homem que ele era dizendo ' Deus está morto, nós o matamos. O homem é o lobo do homem. Só sei que nada sei. Penso, logo, existo.' , Guiherme, o conhecido lider Careca, pensava em sua próxima diversão.

- Piá, chega mais!- gritou para André.

- Que é?

-Você já nos deixou pra trás uma vez, abandonou o grupo por causa de uma mina lá...- encarando-o - Quero uma prova de que você voltou e que tá junto com o bando.

- O que você quer que eu faça? Não tenho medo de nada.

-Tem uma mina que faz tempo que reparo. Uma gata. Gostosa a filha da puta. Quero que você traga ela pra mim.

-Quem é a menina?

- O nome dela é Sara. Tem 17 anos mais ou menos, estuda no colégio na esquina da rua principl do bairro. Ela sempre tá com uniforme quando passa aqui por perto, ou de roupa de dança.

-Sei quem é. Tá sussi. Pra quando a quer?

- Quando você a ver por perto, já que estão em férias...

-Certo.

- Vou me divertir um pouco. Vamos ver se ela mata minha fome...

... 

Eram dez horas da manhã. Sara andava, sozinha, pelas ruas da cidade indo para seu curso de dança que costumava fazer nas férias quando percebeu estar sendo seguida. Ela apressou o passo, a figura encapuzada, fez o mesmo. Começou a andar ainda mais rápido e o tal cara, a seguiu na ação. Então atravessou a rua pensando ser a última chance de se livrar do homem, mas foi quando menos esperava, quando olhava para trás atravessando que o mal feitor a agarrou e antes que Sara pudesse gritar ele colocou um pano em seu nariz com algo que a fez desmaiar.

... 

- Oi gatinha. Demorou pra acordar, minha Bela Adormecida!- falou Careca com tom irônico ao ver a menina abrir os olhos.

- Quem é... O que é que eu... Onde eu estou?- confusa e assustada.

-Calma gata, já vi que a mina tá com medo. Sou um cara doido pra matar a sede de você. Eu vou deixar ir embora, quando eu quiser, quendo cansar da brincadeira, assim que eu não te quiser mais. Você está no meu terreno e aqui tem que me obedecer. Pronto? Respondi tudo, vamos começar a diversão..

Ele começou a passar as mãos no corpo da menina, desamarrou a saia dela, a sapatilha e soltou os seus cobelos. Ela estava sem ação nenhuma, com as mão amarradas e presas a cama.

-O que você está pensando que eu sou?- com medo, mas tentando não demonstrá-lo.

-Minha diversão da noite. Uma mulher perfeita, a não ser pelo fato de ser virgem, mas isso é algo que já vamos resolver. Uma mulher perfeita, deixa  que o homem faça com ela o que bem entender, sem reclamar ou se manifestar. As muheres devem servir aos homens. Sei que você é uma boa menina e que será assim esta noite.

-Covarde! Maxista! Ignorante!

- Covarde? Ignorante? Vou provar pra você que não sou nada disso!

Ele rasgou o collant e a meia-calça que ela usava, deixando-a nua, presa aquela cama.

O banndido começou a beijá-la, deslizava sua mão pelos cabelos e pelo corpo trêmulo de Sara como se fosse íntimo com ela e sem ligar para os seus gritos, seu choro e sua agitação.

 Rindo maliciosamente  ele continuou sua brincadeira.

Quem estava na rua ou ali por perto pôde ouvir o grito desesperado de Sara misturado ao choro incansável e sem fim.

Ela não tinha como escapar dali e dele. Ele, parecia se alimentar de seu medo tirando a roupa a cada grito que engolia que o deixava com ainda mais vontade de continuar.

As vezes a menina se engasgava com seu pório choro.

Ofegava e gemia misturando o medo com a raiva e com o prazer que nunca havia tido e que nunca havia pensado que o teria daquela maneira. Parecia algo diatante de sua realidade até então. 

Careca não se cansava, principalmente porque adorava ter outras pessoas sofrendo em suas mãos. Quanto mais ela gritava e pedia-o para parar, mais ele se movimentava para faze-la sofrer, para ir ainda mais fundo. Era a vontade de continuar, por maldade. Para ter fama e ser idolatrado. Para terem medo dele, sabendo do que ele era capaz de fazer. 

Sara, ao ver que era inútil tentar se soltar e chamar ajuda com seus gritos, percebendo que eles faziam-o mais forte, ao ver que não iria conseguir impedí-lo de usá-la daquela maneira, deixou-se levar, entregou seu corpo aquela realidade sem mais ter o que fazer, sem pestanejar, da maneira que ele quiz desde o começo.

Sem se amarem, fizeram o que muitos chamam de amor. Outros preferem chamar de tranza, mas ele falava com todas as letras, sexo ou comer, fazendo dela um objeto com uma função e que depois jogaria fora como jogam-se as cascas de frutas apodrecidas no lixo. Aquilo nada mais era que a maneira mais nojenta e fria do ser humano suprir seus desejos e sentir prazeres. Uma invasão corporal. Um estupro.

...

                                                     ( vivi louhrinci)